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Mostrando postagens com o rótulo opinião

Resenha: "A Menina Submersa: memórias", de Caitlín R. Kiernan ~

Um livro difícil de se explicar... A Menina Submersa: memórias foi um livro que me surpreendeu; totalmente diferente de tudo que li até hoje (que não foi pouca coisa). Uma literatura contemporânea que te tira da zona de conforto. A história é contada por India Morgan Phelps, mais chamada de Imp. De início, ela fala que escreverá uma história de fantasmas, não exatamente no sentido “espiritual” de almas penadas, mas sim de lembranças, imagens e até canções que a perseguem por sua vida; ficam ali, vivas em sua mente não deixando de serem esquecidas. E bom, dentre esses “fantasmas”, há pessoas também, como sua mãe e sua vó, mais especificamente as lembranças e ensinamentos que tivera delas, além de outra em especial: Eva Canning. Esta, foi a que mais me intrigou, e terminei o livro sem saber se era real ou não. Não falarei muito sobre ela para não dar spoiler, apenas digo que Imp, certa noite, encontra Eva (nua e aparentemente molhada) de pé na beira da estrada. O que ocor...

Resenha: Discurso do método, de René Descartes ~

Quem diria que eu demoraria tanto tempo para ler um livrinho de 50 páginas! Essa foi a primeira vez que leio uma obra de René Descartes, filósofo, físico e matemático francês, fundador da filosofia moderna, que viveu entre 1596 à 1650. Apesar de curto, não chega a ser uma leitura light como histórias e novelas convencionais. Talvez por isso, exigiu um tempo a mais do que esperado pois, a cada parágrafo, eu parava ora para reler para compreender o que estava escrito, ora para pensar sobre o que tinha lido. Definitivamente não foi um bom livro para ler no metrô pois exigia bastante atenção, o que não é possível porque fico com uma parte de mim atenta ao meu redor, não dando a atenção devida às palavras de Descartes. A pesquisa de Descartes   Esse livro foi escrito numa época em que todas as publicações filosóficas eram escritas em latim, sendo, portanto, acessível apenas para os conhecedores dessa língua; isso é, a sociedade “mais culta”. Descartes, com seu Discurso do Méto...

Eragon - Ciclo da Herança ~

Passados nove anos, finalmente terminei o Ciclo da Herança! Comprei o primeiro livro da série em 2009, mesmo ano em que saiu o filme aqui no Brasil. Como adorava livros de fantasia, ainda mais sabendo que tinha dragões envolvidos, resolvi apostar na história. A série, escrita por Christopher Paolini, se passa em Alagaësia, terra dominada por um rei tirano chamado Galbatorix (e seu dragão Shruikan), um antigo Cavaleiro de Dragão que se voltou contra os outros cavaleiros, derrubando todos que não se aliaram a ele. Anos depois, Eragon, um jovem camponês (nada muito diferente do clichê) que leva uma vida humilde no sítio de seu tio Garrow, junto com seu primo Roran, caçava na floresta quando uma estranha “Pedra azul” surge na sua frente. Após um tempo, ele descobre que não se tratava de uma pedra, e sim de um ovo de dragão. A história não foge muito do convencional: um jovem que é escolhido contra sua vontade, precisa aprender a lutar e dominar a magia, encontra ...

Faísca e Fumaça: os corvos que marcaram minha infância ~

  Quando me perguntam o que eu gostava de assistir quando criança, não é Saint Seiya nem Pica-pau que me vem primeiro na cabeça, e sim,  Faísca e Fumaça .  Não são todos que lembram desse desenho e não recordo exatamente em que ano passava na Globo. Provavelmente, foi na mesma época do Manda-Chuva , Pepe Legal e A Tartaruga Touché .  Quem não lembra do desenho, pode recordar de alguma vez alguém mais velho ter usado o nome deles para apelidar alguma dupla de amigos inseparáveis e que vivem aprontando juntos (não só eles, mas outros também, como Tico e Teco , Jambo e Ruivão , Bob pai e Bob Filho , ou até Pink e Cérebro , dos mais recentes). Faísca e Fumaça ( Heckle and Jeckle , na versão original) são dois corvos idênticos e seguiam a linha da primeira fase do Pica-pau : personagens que viviam incomodando alguém, trapaceavam, zombavam de tudo e todos, eram sarcásticos, não levavam nada a sério, ajudavam presidiários a fugir, roubavam e, alg...

Clássicos que valeram cada segundo ~

A leitura deveria ser um hábito e uma atividade prazerosa para todo mundo, porém, nem todos se entregam à montanhas de livros com essa voluntariedade e sorriso estampado no rosto. Creio que isso só piora quando a escola (ou o vestibular) força os alunos a lerem livros que, de primeira, não o interessam nem um pouco, mas por serem clássicos da literatura nacional, acabam impondo.  Não é nada agradável começar o livro e, a cada três linhas, ficar verificando o quanto falta para acabar porque já está de saco cheio dele. Ou começa a ler no piloto automático, mas mandar a mente para outra dimensão, chegando no final da página sem saber o que acabou de ser lido. Tudo se torna mais chato quando passa a ser uma obrigação. Não está fazendo porque ficou curioso e foi atrás, mas sim porque algo ruim pode ocorrer se não o fizer (por exemplo, perder nota em alguma atividade referente à ele na escola, errar todas as questões sobre ele no vestibular e ser reprovado, etc).  Por...

"Quem ainda lê revistas??" ~

Esses dias estava lendo artigos na internet, e na busca de matérias pelo Google, deparo-me com uma notícia antiga que falava do corte que a Editora Abril realizou uns anos atrás, fechando várias publicações e demitindo uma galera. Chamou-me a atenção um post de um blog aleatório que comentava isso, alegando que era previsível pois “hoje em dia, quem ainda lê revistas impressas?”. Achei engraçado o jeito que a questão foi colocada. Posso estar enganada, mas pareceu julgar que só gente esquisita ainda compra revistas impressas. Lembrou-me muito o debate que teve sobre a possível extinção dos livros perante os e-books. Sinceramente, assim como estes, creio que ainda há muitos que preferem uma leitura de papel do que virtual. Eu mesma acho muito melhor estar ali, com a publicação em mãos, folheando-a e fazendo marcações pessoais (caso ache necessária) do que fazer isso numa tela iluminada. Sei lá, parece-me muito superficial, maior sensação de que no virtual não existe, é só uma...

Vai de Bic? ~

Os atletas têm seus equipamentos prediletos. Os cozinheiros seus utensílios.  E os escritores suas canetas.  Nem precisa ser profissional para ter preferências, basta gostar de escrever. Desde criança sou apaixonada por papelarias. Sempre que tinha chance entrava em uma. Até hoje carrego esse hábito. É automático me enfiar nos corredores cheios de canetas diferentes, me despertando tremeliques e paixões. Uma caneta é mais do que uma caneta; é minha companheira de trabalho e criação. Ela que transfere minhas ideias para o mundo real, seja em palavras ou rabiscos, dando um toque único e pessoal às anotações.  Por isso, é sempre um ritual quando uma acaba e preciso comprar outra.  Sou dessas que adora testar canetas diferentes, avaliando a cor da tinta, como sai da caneta, se borra muito, como desliza pelo papel, a “maciez” na hora de escrever, praticidade, estética, etc.  Ao contrário de muitos, sou adepta às pontas médias à grossas. Sinto um confor...

Para quem você escreve? ~

"Para quem você escreve?"  Certeza que ao menos uma vez na vida quem tem blog ou só escreve por escrever já escutou isso.  "Pra que, ninguém lê".  Não sei se é pior a pessoa que teima em fazer o outro abandonar o gosto por transformar ideias em texto, ou o escritor que acata a essa desistência. Grande parte de quem escreve não faz em busca de aprovação alheia (se o blog cresce e vira referência, é consequência).  O motivo é muito mais simples: nossa mente fica atolada de novas ideias e inspirações, que nos fazem sentir necessidade de "concretizá-las" em palavras, sendo um desperdício deixar morrer no campo das criações .  A criatividade muitas vezes é espontânea. Quantas vezes, andando por ai ou parada dentro do metrô, bati o olho em alguma cena ou detalhe que me despertou um alvoroço de pensamentos que dariam boas histórias? Pensar em não fazê-las dá até uma tristeza. Não nego que o feedback de leitores faz um bem enorme para nós, ainda m...

Visitando a Ben & Jerry's

Após muito tempo só na vontade, finalmente fui conhecer a sorveteria da Ben & Jerry's. Conheci-a através de umas blogueiras que iam lá passear em alguns de seus Vlogs. Creio que por enquanto só tem uma unidade aqui no Brasil, que é a da Oscar Freire A primeira impressão que tive era que o sorvete seria do naipe da Bacio di Latte, mas nããão, tem uma proposta beeeeem diferente que nem sei explicar! Provei o "Cherry Garcia" (sorvete de cereja com pedaços de cereja - não a em calda, a fruta mesmo - e chocolate) e o "Coconut Seven Layer" (sorvete de coco com calda de caramelo, flocos de chocolate e uns pedaços de nozes), simplesmente fantásticos! A loja estava cheia, tinha uma fila considerável para pegar sorvete, mas até que andou bem rápido, devo ter ficado uns 10min no máximo. Apesar da fila, lá dentro tinha lugar para sentar. Achei que não tinha, considerando o número de pessoas comprando e vendo algumas comprando o sorvete e já indo embora...