Os atletas têm seus equipamentos prediletos. Os cozinheiros seus utensílios.
E os escritores suas canetas.
Nem precisa ser profissional para ter preferências, basta gostar de escrever.
Desde criança sou apaixonada por papelarias. Sempre que tinha chance entrava em uma. Até hoje carrego esse hábito. É automático me enfiar nos corredores cheios de canetas diferentes, me despertando tremeliques e paixões.
Uma caneta é mais do que uma caneta; é minha companheira de trabalho e criação. Ela que transfere minhas ideias para o mundo real, seja em palavras ou rabiscos, dando um toque único e pessoal às anotações.
Por isso, é sempre um ritual quando uma acaba e preciso comprar outra.
Sou dessas que adora testar canetas diferentes, avaliando a cor da tinta, como sai da caneta, se borra muito, como desliza pelo papel, a “maciez” na hora de escrever, praticidade, estética, etc.
Ao contrário de muitos, sou adepta às pontas médias à grossas. Sinto um conforto maior na hora de escrever. Já tive meus tempos de ponta fina, mas não como a Compactor; não sou fã de canetas de corpo muito fino. Cansa a mão depois de um tempo escrevendo freneticamente.
Hoje foi um desses dias. Minha caneta azul está quase chegando ao final da vida, então fui atrás de uma substituta para ficar de prontidão (sempre ando com duas canetas azuis no estojo, mas esqueci a reserva em casa).
Achar uma ponta média legal por aqui em Pirassununga foi bem difícil, e quando achei estava cara bagarai.
Minha querida e amada Lakubo 1.0 estava saindo na faixa de R$5,40. Enrolei e tomei todo o tempo da pobre vendedora pedindo para ver várias, mas infelizmente só essa tinha me agradado.
Como a grana está curta, acabei me conformando com a velha de guerra BIC (R$0,70).
Além dessa da Lakubo, gosto muito da Trillux Medium da Faber-Castell, mas infelizmente só achei na cor vermelha por aqui.
As da Molin também são de meu agrado, mas não as acho tão macias como as anteriores.
Não cheguei a usar a Pilot Super Grip 1.0, mas parece que é tão boa como a da Lakubo.
Uma outra peculiaridade minha é que só compro caneta com tampa. Essas de “click” não batem bem com meu santo, não sei dizer. A estética da tampinha é tão mais atraente aos meus olhos...
Enfim, após rodar muito a cidade e fazer a vendedora perder o tempo dela, acabei tendo que criar laços com a Bic Cristal comunzona. Acabo me adaptando, apesar de não ser a mesma coisa.
Comprar alguma coisa por falta de opção nunca gera a mesma satisfação ou prazer, não desperta tanto aquela vontade de estreá-la logo. Mas tudo bem. Enquanto o financeiro não permite, vou ficando com essa Bic mesmo.
Vai que acabo virando amiguinha dela.
~ VK ~
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