Esses dias estava lendo artigos na internet, e na busca de matérias pelo Google, deparo-me com uma notícia antiga que falava do corte que a Editora Abril realizou uns anos atrás, fechando várias publicações e demitindo uma galera. Chamou-me a atenção um post de um blog aleatório que comentava isso, alegando que era previsível pois “hoje em dia, quem ainda lê revistas impressas?”.
Achei engraçado o jeito que a questão foi colocada. Posso estar enganada, mas pareceu julgar que só gente esquisita ainda compra revistas impressas. Lembrou-me muito o debate que teve sobre a possível extinção dos livros perante os e-books. Sinceramente, assim como estes, creio que ainda há muitos que preferem uma leitura de papel do que virtual. Eu mesma acho muito melhor estar ali, com a publicação em mãos, folheando-a e fazendo marcações pessoais (caso ache necessária) do que fazer isso numa tela iluminada. Sei lá, parece-me muito superficial, maior sensação de que no virtual não existe, é só uma ilusão de um texto real.
Tenho ciência de que alguns defendem os digitais devido à economia de papel e tals, mas tenho minhas dúvidas. Li uma vez uma pessoa falando sobre isso, dessa suposta “economia” que os computadores e afins trouxeram para nós. Porém, parece que andamos desperdiçando muito mais. Por quê? Simples: antes, quando escrevíamos ou usávamos aquelas máquinas de datilografar, quando cometíamos um erro, resolvíamos passando um corretivo em cima, corrigindo apenas o ponto que erramos e continuamos. Agora, com impressoras, quando algo sai errado, as pessoas simplesmente jogam fora e imprimem um novo, pois é bem mais prático do que corrigir. Fora que fica esteticamente melhor.
E o que isso tem a ver com revistas ainda impressas? Acho que nada, mas só quis citar porque achei interessante.
Voltando...
Com certeza a venda de exemplares impressas deve ter diminuído, até porque, sabendo da preferência de alguns em ler versões digitais, muitas editoras disponibilizaram suas publicações nesse formato. Todavia, ainda há os mais “clássicos” e conservadores, que vão preferir ter suas revistas ali, em suas mãos, podendo fazer marcas pessoais no qual num digital não é possível. Sem falar que, dependendo da publicação, do que ter guardado apenas os digitais, é muito mais legal ter a coleção ali exposta na prateleira de casa, ainda mais aqueles livros e/ou revistas com a lateral temática. Fora aquelas que você compra e vem algum brinde junto, seja pôster, calendário ou algo do gênero.
Publicações digitais jamais tirarão, ao menos de mim, o prazer de visitar bancas de jornais assim como faço com livrarias. Gosto de ter exposto toda aquela infinidade de revistas, de diversos temas e gêneros, me convidando pela capa a levá-las embora. Nem se compara a sensação de passar o mês esperando ansiosamente pela edição seguinte, visitando semanalmente alguma banca para ver se chegou e o jornaleiro dizer que sim, tirando um exemplar para você.
Enfim, sei que a preferência é de cada um, mas meu caro, se você se pergunta se ainda há quem adquira revistas impressas, pode ter absoluta certeza que há sim!
~ VK ~
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