Estava num meio de um sonho doido quando algo no mundo real me tirou da fantasia. Um "algo" estridente. Um "algo" incessante e persistente. Junto do som que me despertara, o barulho de uma vibração sobre a madeira do criado-mudo colaborava para tudo aquilo se tornasse mais irritante. Era meu celular tocando. E não, não era o despertador. Era alguém me ligando. "Quem me ligaria a essa hora?". Olho para o relógio e vejo: 11h40. É, acho que seria um horário comum para alguém ligar. O número da tela é desconhecido para mim, e logo prevejo que só perderia meu tempo atendendo. Deslizo o botão verde da tela. "Alô?" Um breve silêncio. Aquele silêncio que conheço MUITO bem e faz eu lembrar que não deveria ter atendido mesmo. Antes que desse tempo de eu desligar, surge um voz do outro lado da linha: - Boa tarde, poderia falar com a senhora Vivian? Isso. Meu nome. Dito com todas as letras. Nem mesmo "o proprietário d...
Expondo ideias que ficariam na gaveta.