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Entre balas e doces ~



Em meus 24 anos de existência, percebi que minha paixão por doces foi diminuindo. Bom, nunca fui aquela formiga louca por uma guloseima melada de tanto açúcar! Mas gostava de ir até as vendinhas do bairro gastar minhas moedas em balas e chicletes. Contava cada centavo que tinha pelo meu quarto e trocava por um saco cheio de docinhos variados, que acabavam até o dia seguinte.

Era divertido ficar rodando o baleiro, sempre na esperança de encontrar algum sabor diferente. Mesmo quando não encontrava, não me importava. Estava feliz com o que via ali: bala de maçã verde, morango, coca-cola e aquela salada de fruta na parte das Dimbinhos. Me acabava. Dentre as simples às recheadas das balas, as que mais gosto são aquelas que parecem puras pedrinhas de açúcar. Coloridas, retangulares, ou até circulares com um vazio de coração no centro, estas são as que mais me dão prazer de comer. Se esfarelam a cada mordida, porque não resisto apenas aguardar se desfazer na boca. E sinto cada pedacinho adocicado caindo para um lado diferente da língua.

Ir ao centro da cidade, era quando meus olhos mais brilhavam: aquelas lojas focadas apenas em doces, esperando nas prateleiras coloridas para serem escolhidas, numa infinidade que não sabia nem por onde começar e nem quais escolher. Queria levar tudo. Ali sim eu encontrava várias novidades de chicletes que ardiam na boca, espumavam, manchavam a língua, ou apenas alguns docinhos a mais que eu não conhecia ou não achava pelas ruas de casa ou na cantina do colégio. Parece não haver limites para a criação dessas guloseimas.

Ainda hoje minha alma enche-se de alegria quando entro numa loja dessa, não sabendo o que encontrar em cada corredor do estabelecimento. Até mesmo aqueles baleiros candy machine, que geralmente tem na entrada de mercados, fazem meu coração palpitar discretamente de felicidade. Esses bons momentos nunca morrem dentro da gente. Não importa se são de apenas açúcar ou de gelatina, com sabor de frutas ou de menta, sempre mantenho algumas balas em minha bolsa, para adoçar meu dia-a-dia quando os momentos tornam-se amargos.

~ VK ~

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