Pular para o conteúdo principal

Postagens

Alfredo ~

(Talvez esse conto não faça sentido para alguns. Foi baseado em histórias internas de RPG online nos anos de 2006-2007) Já fazia sete anos desde que se aposentou de seu emprego de mordomo. Costumava trabalhar para uma moça que morava sozinha, mas vivia recebendo visitas de amigas. Não reclamava. Sempre gostou do seu trabalho, principalmente das viagens que elas o levavam.  A casa constantemente estava cheia. Achava engraçado ver aquelas garotas (ou já se poderia dizer mulheres?) na maior algazarra feito meninas numa festa do pijama. Apesar de agora estar tranquilo em sua vida, podendo acordar a hora que quiser, usar o tempo como preferir, sentia falta da agitação daquela casa. Alfredo morava sozinho numa casinha no interior, não tão distante de onde servia. Às vezes se sentava perto da janela, bebericando um delicioso café que só ele sabia fazer (e que a mocinha gostava muito).  De lá, era possível ver parte da casa onde trabalhou, que hoje, estava vazia. Sua morado...

Vai de Bic? ~

Os atletas têm seus equipamentos prediletos. Os cozinheiros seus utensílios.  E os escritores suas canetas.  Nem precisa ser profissional para ter preferências, basta gostar de escrever. Desde criança sou apaixonada por papelarias. Sempre que tinha chance entrava em uma. Até hoje carrego esse hábito. É automático me enfiar nos corredores cheios de canetas diferentes, me despertando tremeliques e paixões. Uma caneta é mais do que uma caneta; é minha companheira de trabalho e criação. Ela que transfere minhas ideias para o mundo real, seja em palavras ou rabiscos, dando um toque único e pessoal às anotações.  Por isso, é sempre um ritual quando uma acaba e preciso comprar outra.  Sou dessas que adora testar canetas diferentes, avaliando a cor da tinta, como sai da caneta, se borra muito, como desliza pelo papel, a “maciez” na hora de escrever, praticidade, estética, etc.  Ao contrário de muitos, sou adepta às pontas médias à grossas. Sinto um confor...

Quando você não segue o planejado ~

Antes de vir para Pirassununga, passei vários meses pensando e filosofando como eu iria utilizar o tempo livre pós-aulas. "Não vou gastar 4h para ir e voltar como em Sampa, então terei 4h para fazer o que quiser"; "Aeee, vou ter tempo para ler e tocar o blog de novo!". Aí trouxe livros e folhas, crente que colocaria leitura em dia e teria horas suficientes para pensar e criar novos textos...mas não. A única coisa que NÃO fiz foi criar contos novos, no máximo apenas escrevi posts pessoais dos meus dias (para não perder hábito de escrever). Não que isso seja algo ruim; ao contrário, foi sinal de que andei me ocupando com outros assuntos. Primeiramente, a maior preocupação foi tentar organizar o quarto, cujo espaço é mínimo e os armários muito mal planejados (particularmente falando, pfvr). Anda sendo uma terapia ficar tentando colocar cada coisa num lugar estratégico, como um quebra-cabeça, caso contrário, ficaria uma zona amontoada. A segunda coisa que tem tomad...

O dilema da maquiagem matinal

Maquiagem são coisas lindas e mágicas! São ótimas BFFs para disfarçar imperfeições que faz você se sentir um Orc. Elas deixaram de ser só itens de embelezamento estético para virarem aliadas na proteção e hidratação da sua pele, ou seja, super presentes na vida de uma pessoa mega vaidosa como eu. Porém, ter que passá-las corretamente...dá trabalho. Toda manhã (repito: TODA) sempre fico naquele dilema: faço maquiagem ou não? Não sou dessas que se sente feia sem makeup algum, mas óbvio que um pouquinho aqui ou ali pra realçar os pontos que mais gosto sempre faz um bem para a autoestima.  Um detalhe a mais que admiro sempre que passo por uma superfície refletora.  Não que eu faça algo mega elaborado (até porque não sei); costumo só delinear os olhos e usar batom.  Quando estou com muita boa vontade, mas MUITA mesmo, passo um rímel. E por quê? Simplesmente porque acho um saco estar com os cílios mais elevados e cobertos com uma substância preta. Me incomoda. Ela me...

Primeiras impressões ~

Pirassununga, 11 de agosto de 2015. Hoje é o quinto dia que estou aqui, diariamente correndo das 8h às 18h com aulas. O tempo para "descanso" entre aulas é meega apertado, principalmente a hora do almoço. Infelizmente, como os circulares costumam ser de uma em uma hora, não posso me dar ao luxo de perder nenhum, ou simplesmente não entro mais na aula, algo bem diferente do campus da capital. Ainda não tive a oportunidade de sair explorando o campus, mas pretendo fazer isso o mais breve possível. Quem sabe nesse fim de semana mesmo. Fotos dos animais não sei se conseguirei, já que nas aulas práticas estarei ali com eles para estudar, não para um "momento turismo". Quem sabe eu consiga fotografar algum animal diferente, como tatus, seriemas, tucanos e araras (alguns desses já vi das últimas vezes que estive aqui). Gosto MUITO de fotografar. Se não me engano, reiniciei o blog com fotografias pelo campus de Sampa. Hoje a tarde, graças à um incômodo gerado p...

Meu cafofo, meu lugar ~

Quando mais nova, tinha o costume de sair por aí para buscar inspiração para meus textos, ou simplesmente saía para sentar em algum canto e ficar desenvolvendo minhas ideias. Sentia-me melhor fazer essa atividade fora de casa, num ambiente com “mais vida”. Quem sabe se aquelas pessoas ao redor me renderiam alguma história. Às vezes, saía pelo simples fato de querer sair.  “Por que ficar em casa fazendo nada se posso fazer nada em outro lugar?”. Confesso que, mesmo gostando MUITO de ficar em casa na tranquilidade, muitas vezes isso me incomodava. Era estranho pensar que conseguia uma maior produtividade estando fora, em ambientes barulhentos do que no silêncio do lar. Não que eu ligue para esse negócio de “Aah, não é bom levar o trabalho para o cômodo em que repousamos”. Meu quarto é meu império. Meu mundo particular limitado à quatro paredes. Okay que várias vezes esse meu universo parecia beeem caótico devido à minha bagunça rotineira.  Na hora de escrever ou es...

Para uma ocasião especial chamado nunca ~

Creio que todo mundo já guardou alguma coisa que teve dó de usar depois.  Mais ainda, comprou algo porque achou bonito, mas sempre adiou o momento de estrear.  Ou até mesmo usou, mas economizava tanto, com medo de acabar, que acabou vencendo (e ainda restava uns 70% do produto; 70% indo pro lixo, ou 70% de uma parte do seu dinheiro "investido" nele que você jurava que estava aproveitando da melhor maneira possível, sem desperdício). Tinha acabado de me mudar. Estava animada em organizar as coisas em meu quarto.  Como era lindo ver aquelas gavetas, bancadas e armários vazios, tendo a chance de arrumar como quiser, tentar fazer melhor do que como estava antes!  Retirava os itens da caixa animadamente, revendo coisas que nem lembrava que existia. Cada caixa uma surpresa, parecia uma criança.  Encontrei monte de canetas que nunca foram usadas; adesivos de agenda e caderno intactos; papeladas infinitas que eu nem sabia porque estavam ali; chaveiros qu...