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Meu cafofo, meu lugar ~

Quando mais nova, tinha o costume de sair por aí para buscar inspiração para meus textos, ou simplesmente saía para sentar em algum canto e ficar desenvolvendo minhas ideias. Sentia-me melhor fazer essa atividade fora de casa, num ambiente com “mais vida”. Quem sabe se aquelas pessoas ao redor me renderiam alguma história. Às vezes, saía pelo simples fato de querer sair.  “Por que ficar em casa fazendo nada se posso fazer nada em outro lugar?”. Confesso que, mesmo gostando MUITO de ficar em casa na tranquilidade, muitas vezes isso me incomodava. Era estranho pensar que conseguia uma maior produtividade estando fora, em ambientes barulhentos do que no silêncio do lar. Não que eu ligue para esse negócio de “Aah, não é bom levar o trabalho para o cômodo em que repousamos”. Meu quarto é meu império. Meu mundo particular limitado à quatro paredes. Okay que várias vezes esse meu universo parecia beeem caótico devido à minha bagunça rotineira.  Na hora de escrever ou es...

Para uma ocasião especial chamado nunca ~

Creio que todo mundo já guardou alguma coisa que teve dó de usar depois.  Mais ainda, comprou algo porque achou bonito, mas sempre adiou o momento de estrear.  Ou até mesmo usou, mas economizava tanto, com medo de acabar, que acabou vencendo (e ainda restava uns 70% do produto; 70% indo pro lixo, ou 70% de uma parte do seu dinheiro "investido" nele que você jurava que estava aproveitando da melhor maneira possível, sem desperdício). Tinha acabado de me mudar. Estava animada em organizar as coisas em meu quarto.  Como era lindo ver aquelas gavetas, bancadas e armários vazios, tendo a chance de arrumar como quiser, tentar fazer melhor do que como estava antes!  Retirava os itens da caixa animadamente, revendo coisas que nem lembrava que existia. Cada caixa uma surpresa, parecia uma criança.  Encontrei monte de canetas que nunca foram usadas; adesivos de agenda e caderno intactos; papeladas infinitas que eu nem sabia porque estavam ali; chaveiros qu...

Fantasia real de uma realidade sonhadora ~

"A magia está nos olhos de quem vê." Uma frase tão cliché mas que faz todo sentido. Não apenas uma oração para sair declamando por aí como se tivesse descoberto o sentido do mundo. Não queria que fosse apenas a realidade de meus olhos, inexistente para o resto do mundo. Queria que todos vissem o que vejo, com a mesma clareza, e quem sabe, intensidade de emoções.  Aah se tudo isso fosse real...me pouparia de muitas dores ao decorrer das noites. Dores que pensei que não sentiria mais. Não tão cedo. Poupar-me-ia também o tempo investido em sonhos que não se tornarão reais, mas que confortam-me nas entrelinhas da ilusão. Mesmo que pouco, abraçam meu coração, selando suas lágrimas num beijo doce e gelado. Sorrisos que não sei se me alegram ou me machucam, um olhar que não sei se quero encontrar.  Às vezes tudo parece certo, mas no instante seguinte parece um erro.  Cenários conhecidos que temo o que pode se seguir, pois conheci essa história e já vi como é o f...

E sempre terá uma próxima vez...~

Dois meses? Quatro semanas? Talvez um mês e alguns dias? Ou se passaram três e nem percebi? Não me recordo qual foi a última vez que sentei para escrever, só tenho a sensação de que faz muito tempo. Depois olho com carinho para ver o tempo exato, pois agora não há importância. O ano de 2015 têm sido absurdamente surpreendente para mim, tanto de forma positiva como negativa.  Apesar das muitas quedas que sofri, encontrava algo interessante pelo chão, levantando-me e levando-a comigo. Que sempre é possível tirar uma lição das situações, não é novidade, mas o que realmente mexe comigo é quando essa “lição” gera uma epifania interior.  Sabe quando algo passa a fazer sentido e isso faz você mudar de atitude e olhar o mundo de outra forma? Passa a ter vontade de começar a fazer diferente? Pois bem. Aquela história de que “a vida é um ciclo” pode ter vários significados, todas dependendo de um contexto. O que andei reparando é que, não apenas é um ciclo, mas um ciclo vi...

Chuva cor-de-rosa

Um texto que escrevi dia 22 de Junho de 2012, pouco mais de três anos atrás, mas que acho que vale repostar, até porque assim vejo as mudanças em meus escritos de 2012 para cá. Um conto curtinho que me veio à cabeça durante uma passada pelo metrô Tucuruvi, após olhar para uma árvore toda florida em rosa, com pétalas despencando pelas ruas a cada brisa que surgia. CHUVA COR-DE-ROSA “O que será que estão pensando?” Diversas vezes me perguntei isso enquanto observava pessoas na rua, principalmente quando estou parada dentro do ônibus. Aquela mulher dentro do carro no farol, será que já se questionou o que a pessoa do carro ao lado está pensando? Ou quem sabe, eu sou o “alvo” dela! A curiosidade aumenta mais quando deparo-me com alguém passando chorando. É uma manhã de domingo. Já faz um tempo que estou sentada na mureta dessa praça, só observando o movimento. O dia está agradável, ainda mais pela beleza do inverno. Engraçado...é domingo e as pessoas continuam corren...

Quando a mente te diz "NÃO" D: ~

Sabe quando você pensa em fazer algo, e pouco tempo depois simplesmente esquece?  Na tentativa de tentar recordar, refaz todos os movimentos executados, volta aonde estava minutos atrás, tenta refazer toda a linha de pensamento anterior apenas para ver se aquela ideia lhe volta à cabeça.  Durante um bom tempo de minha vida isso me intrigava bastante. Até hoje acabo me frustrando quando vou fazer alguma coisa mas não lembro o quê.  Porém, mais frustrante do que isso, é você ter uma ideia mirabolante para criar uma história nova....e simplesmente trava. Não porque esqueceu. Pior: por não saber como dar vida à ela. Quantas horas passei na frente de uma folha em branco sem ideia de como iniciar um texto!  A ideia está ali, acenando na minha cara, mas não consigo achar um contexto para ela.  Paro para tentar organizar num rascunho a parte, tentar ver o que por em cada parágrafo, como finalizo... Até aí é tranquilo; várias vezes comecei histórias pelo meio,...

Frio é a época mais quente ~

Quem me conhece sabe do amor que nutro pelo frio. Não interessa se fica mais difícil para entrar no banho ou levantar de manhã, a baixa temperatura sempre terá um espaço em meu coração.  Dias assim são ótimos para passear. Andar por aí sem ficar transpirando e precisando segurar a blusa não é comigo. A temperatura mais amena, que te deixa perfeitamente confortável na roupa que está vestindo, também deixa o rolê mais agradável.  Apesar de parece controverso, considero o frio muito mais aconchegante do que o calor.  Aquele café ou capuccino fica muito mais atrativo, e nada mais gostoso do que esquentar a mão em contato com a caneca.  A fome também aumenta, ficando perfeito para desfrutar daqueles alimentos mais quentes ou sopas mais elaboradas (Udon, Lámen, Karê, etc).  Tudo parece que fica mais gostoso, principalmente doces cremosos e beeem chocolatudos (e olha que não sou fá de doces). Admiro muito a paisagem nublada que adorna o ambiente. Mes...